autoretracto.
por vezes, tenho noção disto, não passo de uma maçaneta de porta embrutecida que teima em não abrir. fecho-me em copas e sento-me no meio do chão, espaço vazio, sozinha e sem medo, com medo, a chorar, fingindo que não se passa nada, não quero que me vejas, não quero que saibas como estou. por vezes tranco à chave a minha porta, torno-me um segredo, tapo a boca para não fazer som, não quero que me oiças, grito. e por vezes, também disto tenho noção, corro as cortinas com violência, porque a urgência de abrir a nossa porta é tão grande que me fere, e prefiro estar sozinha e ser sozinha, prefiro estar e ser só eu na minha vida, mas contigo, que me fazes tanta falta, sem to dizer, porque as saudades e este passar das horas e dos minutos me moem, me ferem, e me matam, meu amor. pouco a pouco, muito de cada vez.
1 comentário:
:) revejo-me nestas palavras... neste sentimento de querer não querendo... de não querer querendo... enfim... às vezes é mesmo assim... não queremos ( e sabemos disso), mas trancamos a porta e deitamos a chave fora... porquê? quem dera, às vezes, ter respostas (não são precisas todas as respostas do mundo... não... apenas aquelas que nos impedem, tanas vezes, de tocar a felicidade... seja lá isso o que for). tantas vezes me dizem... não faça assim... não te feches... estou aqui para ti... mas :)
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