queria escrever-te um livro, agora que tens vontade de ler, e depois dava-to e não te dizia de quem era nem que tinha sido para ti. e tu, como me conheces, dizias logo que o livro, como o outro que te emprestei antes, era parecido comigo. que eu era o livro. que o livro me era a mim. que eu falo como o senhor que escreveu o livro. mas eu não sei escrever livros portanto vou escrever-te uma carta - quando tiver tempo. e depois vou dactilografá-la com cuidado e enfiar-ta no bolso sem que notes que fui eu. e tu, como me conheces, vais dizer-me que já leste a carta. e que sou parva por ta ter escrito e enfiado no bolso sem ter dito nada. mas não faz mal. o amor é parvo, mesmo! e tu já devias estar habituado.
1 comentário:
embora com alguns erros, estes pequeno texto é de uma beleza estrondosa!
Deste-me uma vontade imensa de te plagiar, não o farei certamente.
um beijo e obrigada por encontrar palavras assim.
Mary*
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