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eu não sabia o que era o amor - sei-o agora. vivia encostada à ilusão de que era aquilo, de que era um monte de nadas que se faziam tudo pela vontade, pela crença, pela necessidade que o ser humano tem em se achar de alguém. mas eu não sabia nada, na verdade, e eu não sabia o que era o amor. sei-o agora. e desta vez tenho certeza. e quando perco a certeza és tu que ma reforças, meu querido, meu amor, meu senhor. és tu que me estendes a mão e levas a ver o mundo, e que me abraças, e que me confortas, e és tu quem me assegura que vai correr tudo bem, no fim, e daqui até ao fim. porque o fim vai ser contigo. o fim dos tempos, o fim dos dias, o fim de tudo. mas não do amor. o amor em nós não acaba, não tem fim, sei-o agora, sei-o hoje. o amor não é um monte de nadas, é um tudo que parece um pequeno nada aos olhos de quem não sente, de quem não vê porque os seus olhos ainda se não habituaram à luz. o amor, meu amor, é isto.

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